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25/06/2010 - 07h00

Quais são os tipos de lâmpadas fluorescentes?

Continuando a série de artigos sobre iluminação e lâmpadas, vamos falar um pouco sobre lâmpadas frias, ou fluorescentes.

Existem atualmente muitos tipos de lâmpadas fluorescentes. Mas, sempre que se fala nesse tema, uma lâmpada vem imediatamente à mente: o famoso tubo branco, geralmente usado aos pares nas luminárias. Esse tipo de lâmpada, ainda largamente utilizado e fabricado, existe há muitas décadas, e, muito provavelmente, acendia a sala de aula da escola onde você estudava quando era criança.

As lâmpadas fluorescentes funcionam graças a uma mistura existente dentro de seus tubos selados. Há diversas misturas, mas, a título de explicação, consideremos a química comum de uma lâmpada fluorescente, que é um gás inerte (em geral o argônio) e o mercúrio. Alem dos dois gases, o tubo possui uma camada de fósforo em sua parte interna e dois eletrodos nas pontas. Quando se acende o interruptor, a eletricidade passa por meio dos gases do tubo, criando reações químicas entre os elementos, o que gera luz. No entanto, essa luz gerada é do espectro ultravioleta, impossível de ser visto pelo olho humano. Para tornar essa luz visível é que entra o fósforo de revestimento do tubo.

As lâmpadas fluorescentes possuem uma vida útil muito maior do que as lâmpadas incandescentes, chegando a durar de quatro a seis vezes mais. Também consomem menos energia, pois são mais eficientes, ou seja, não perdem energia com calor e luz ultravioleta como as incandescentes. Essas duas qualidades fundamentais das lâmpadas fluorescentes fizeram com que, nas últimas décadas, houvesse um grande salto qualitativo na produção e consumo desse tipo. No Brasil, os episódios dos apagões, ocorridos alguns anos atrás, também impulsionaram o inicio do maior consumo das fluorescentes em residências.

Esse grande avanço nas pesquisas de lâmpadas fluorescentes favoreceu o surgimento de diversos tipos, que buscam compensar as diferenças de reprodução de cor e conforto que as lâmpadas fluorescentes originais possuíam em relação às tradicionais incandescentes. Os formatos também se multiplicaram: do antigo tubo, possuímos atualmente diversas dimensões, assim como lâmpadas compactas, torcidas, anéis redondos, formatos similares a incandescentes clássicas e muitos outros. Os suportes (ou forma de encaixe) dessas lâmpadas também mudaram muito, buscando sempre uma maior facilidade na troca do sistema incandescente para fluorescente com uma rápida mudança de lâmpada.

Alem das lâmpadas fluorescentes caseiras comuns, que mencionamos acima, existe ainda uma série de lâmpadas dessa natureza que são largamente utilizadas com outros fins. Trata-se das lâmpadas de descarga, como as de sódio de alta e baixa pressão, lâmpadas de vapor metálico, lâmpadas de vapor de mercúrio e diversas outras.

Estas lâmpadas possuem muitas diferenças entre si em termos de cor, qualidade de luz, reprodução de cor, formato, potência, encaixe, consumo e forma de ativação. Mas o que é comum a todas são as características de serem as ideais para iluminar grandes espaços, como jardins, postes de rua, supermercados e até estádios de futebol. A potência dessas lâmpadas em geral é bastante alta e a luz que elas emitem dá brilho aos objetos e, materiais, texturas, etc.

No uso desse tipo de lâmpada, existem cuidadosas relações entre o resultado luminotécnico que se deseja obter, a manutenção e o custo de utilização dessas lâmpadas. Para se iluminar uma quadra de tênis em uma casa, por exemplo, se utiliza determinada lâmpada, que busca uma boa relação custo-benefício. Já para um estádio de futebol, em que os jogos têm de ser transmitidos, são usadas outras lâmpadas bem diferentes, que permitem aos espectadores assistir ao jogo com conforto, e às câmeras captar os lances. Finalmente um porto, por exemplo, utiliza lâmpadas em que a reprodução de cor é ruim, no entanto seu alcance é bastante grande. Ou seja, a qualidade cai, mas a área iluminada aumenta muito sem o custo ser excessivo. Com esses três exemplos corriqueiros fica fácil de perceber que esta é uma área complexa, bastante profissional.

Embora as lâmpadas fluorescentes em geral tenham uma variedade muito grande atualmente, procure sempre utilizá-las em seu projeto com cuidado para obter um bom resultado. É um engano comprar todas as lâmpadas fluorescentes compactas iguais, por exemplo, e utilizá-las em todo o seu projeto. Existem temperaturas de cor variadas (que resultam em aspectos muito diferentes) e sempre é possível obter bons resultados mesclando fluorescentes e incandescentes.

Caso não possa procurar um profissional da área para auxiliá-lo em seu projeto ou obra, ficam duas dicas:

• Os grandes magazines de luminárias possuem arquitetos especializados que podem auxiliar muito na escolha de suas luminárias e lâmpadas, incluindo utilizações menos corriqueiras, como iluminação de jardim com lâmpadas de vapor metálico, por exemplo;

• Os sites dos fabricantes de lâmpadas são bastante completos e o ajudam a escolher as lâmpadas mais interessantes para cada ambiente de sua casa sem custo algum! Para os mais interessados, também são oferecidos cursos rápidos gratuitos por essas empresas, bastante eficientes.

Rodrigo Marcondes Ferraz

Fernando Forte e Rodrigo Marcondes Ferraz são arquitetos formados pela FAU-USP e sócios do escritório Forte Gimenes Marcondes Ferraz (www.fgmf.com.br)

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