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Decoração

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03/11/2010 - 07h00

Como decorar a recepção de um escritório ou consultório?

Recepção do escritório do advogado Pedro Villas Boas, em Santos (SP), leitor do UOL

Sempre que vou a um escritório ou consultório, são raras as ocasiões em que me deparo com um ambiente agradável e bem resolvido. A maioria dos casos são espaços mal aproveitados e muito claustrofóbicos.

Fico contente que vários profissionais estejam se empenhando para melhorar seu ambiente de trabalho e causar uma boa impressão em seus clientes. Este é exatamente o que acontece com nosso internauta do UOL Casa e Imóveis, Pedro Villas Boas, advogado com escritório em Santos, no litoral de São Paulo.

Pedro nos enviou as fotos da recepção com o intuito de receber dicas para melhorar o espaço. Mesmo que sua clientela permaneça pouco tempo na recepção, como observado pelo advogado, é importante que o ambiente cause um impacto positivo. Ter um escritório bacana passa credibilidade e profissionalismo a potenciais clientes.

Mobiliário

Como o ambiente é pequeno, constituído basicamente de um corredor amplo, não podemos estrangular a passagem com móveis pesados e de grandes proporções. O ideal para essa pequena recepção são duas poltronas, separadas por uma discreta mesa de centro.

Recomendo duas pequenas (porém confortáveis) poltronas com braço. Um escritório de advocacia é um local de trabalho sóbrio e não dever ter móveis descolados. Isso não quer dizer que o bom design deva ser descartado. Duas poltronas em couro marrom ficariam muito bem. No meio delas, uma mesa baixa cumpre a função de aparador para xícaras de café e copos d´água. Por que não um cubo branco com lado de 55 cm?

No canto ao lado da porta, existe atualmente uma planta que está muito acanhada. A sugestão é trocá-la (inclusive o vaso) por uma espécie mais exuberante e mais alta. O vaso deve ser discreto, de cor neutra, que não lembre um ambiente domestico.

Também recomendo a troca do tapete e do quadro, substituindo por peças mais sóbrias. Atualmente, o tapete lembre uma sala de estar domestica, o que não combina com a imagem de um escritório de advocacia. O melhor seria trocá-lo por tapete de lã ou viscose em tons bege ou cinza. No caso do quadro, a obra deveria ser substituída por outra maior, que ocupasse mais espaço na parede.

Dois ângulos diferentes da recepção do escritório do advogado Pedro Villas Boas em Santos (SP), que enviou a imagem para análise do decorador Marcel Steiner, colunista do UOL

Iluminação

No que diz respeito à iluminação, Pedro nos informou que seu eletricista recomendou a troca das lâmpadas frias por modelos de luz amarela. Isso está correto. Recepção não é ambiente de trabalho propriamente dito. Não carece de luz funcional. Mas de qualquer modo, sugiro a troca da luminária por uma peça mais limpa, com lâmpadas focais. Um trilho branco ou preto também funcionaria bem, com spots da mesma cor, voltados para a parede do quadro.

Cores

Quando o assunto é cor de parede, todo cuidado é pouco. Especialmente quando se trata de um escritório de advocacia. No caso de Pedro Villas Boas, a última recomendação é a pintura das paredes e portas.

Começaria pela porta de entrada, trocando a madeira aparente por esmalte branco acetinado. A parede em tons pasteis, onde fica o quadro de luz e a obra de arte, poderia receber uma cor mais forte e erudita. Recomendo um verde oliva, que combinaria bem com as poltronas marrons e o tapete bege ou cinza. Mas não se esqueça de pintar no mesmo verde o quadro de luz, o que suavizaria o impacto da caixa de madeira na parede.

Para concluir, escritórios modernos devem ser mais transparentes e ter menos divisórias. Entendo que no caso da advocacia os profissionais gostam (e precisam) de salas individuais para trabalhar com privacidade e sem barulho. Mas divisórias de vidro poderiam deixar o espaço mais fluido e mais leve, melhorando a qualidade do trabalho de todos. E, principalmente, causando um ótimo impacto nos clientes.

Algum ambiente da sua casa está mal resolvido?

O designer de interiores Marcel Steiner tira dúvidas sobre como aproveitar o espaço, dispor móveis e objetos.

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Marcel Steiner é designer de interiores e mestre em história e crítica da arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP

* As fotos enviadas para o designer serão submetidas a uma seleção. Aquelas que não forem publicadas com o artigo, não poderão ser avaliadas individualmente.