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13/04/2011 - 07h00

Como decorar o quarto do recém-nascido para não ter de mudar tudo em pouco tempo?

  • O quarto do bebê não tem de ter cores pastel, marcenaria branca e bichos de pelúcia. Uma cor mais forte e acolhedora e um móbile podem bastar na decoração desse ambiente

    O quarto do bebê não tem de ter cores pastel, marcenaria branca e bichos de pelúcia. Uma cor mais forte e acolhedora e um móbile podem bastar na decoração desse ambiente

Toda vez que me pedem para projetar um quarto de bebês, sinto um arrepio e logo penso que a tarefa será árdua e o resultado, questionável. Dormitórios para recém-nascidos são quase todos iguais. Cores leves, ursinhos, babados e marcenaria branca. Uma chatice! Se você acabou de ter filhos e quer um quarto mais descolado, que fuja do azul clarinho e do rosa, veja as dicas abaixo:

• Até onde sei, bebês não são muito ligados em decoração. Os pais é que precisam de um espaço bacana, especialmente durante noites de choradeira, amamentação e troca de fraldas. Portanto, a decoração não precisa ser 100% infantil. É importante haver elementos adultos na ambientação. O quarto do bebê tem que ter a cara dos pais. E não ser um lugar neutro, que mais parece uma maternidade.

• Não gosto de quartos cor-de-rosa, azul claro e nem amarelo. Claro que as cores afetam a qualidade do sono do bebê. O caminho é evitar os tons estimulantes. Cores mais sóbrias como marrom, cinza e azul marinho podem ser ótimas escolhas, por incrível que pareça. Entendo que tons mais claros dão aspecto de limpeza um pouco maior. E higiene é indispensável quando se trata de um recém-nascido. Mas isso não é desculpa para cair na mesmice e ter um quarto todo sem gracinha.

• Um amigo acabou de ter gêmeos. Além de dois berços brancos, a decoração engloba duas poltronas estampadas e uma grande prateleira de bichinhos de pelúcia. As paredes foram pintadas de cinza, dando destaque às peças mais claras e aos brinquedos. Tudo muito simples, sóbrio e bastante agradável.

• Gastar muito dinheiro na decoração do bebê pode ser uma roubada. As crianças crescem e logo é preciso trocas os móveis. Mais uma vez, quando mais simples, melhor.

• Acho bacana ter elementos que trazem boas vibrações aos pais. Pôsteres de bandas de rock, arte urbana e brinquedos antigos são boas pedidas. O espaço pode agradar os adultos.

• Papeis de parede estampados devem ser evitados. Aliás, tudo que oferecer muita informação na mesma superfície deve ser evitado. É ruim para o bebê e para quem frequenta o ambiente.

• Use e abuse de abajures. Luz de teto são estimulantes e deixam qualquer um acelerado. Tenha um plafon no teto apenas para funções específicas. Se você tiver que entrar no quarto do bebê de madrugada, melhor que a luz seja pouca. Dimmers (dispositivos que controlam a intensidade da luz) também são grandes aliados das mães de plantão.

• Pegue leve nas frescuras. Excesso de ornamentação pode ficar brega na sua casa. Se você tem um projeto de interiores mais sóbrio, o quarto do bebê deve seguir os demais espaços. Explore peças de design contemporâneo, do mesmo tipo que você teria na sua sala de estar. Adoro quartos de bebê minimalistas, com poucos bichinhos e poucos móveis.

• Móbiles são um bom recurso estético. Existem lojas com peças incríveis, que dão uma boa levantada na decoração. Um bom móbile dentro do quarto é o grande elemento de charme. Invista nessa ideia.

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Marcel Steiner

Marcel Steiner é designer de interiores e mestre em história e crítica da arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP

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