Onde estou?
Marcel Steiner sugere que o rack atual seja trocado maior, que ocupe toda a extensão da parede
O internauta do UOL Casa e Imóveis, Marcelo Anéas, mora em São Paulo e acaba de se mudar com a esposa para um apartamento maior. Como o imóvel é dúplex, existe um espaço entre o rack da TV e a escada, que está vazio. A dúvida do leitor é o que fazer nesse espaço, sem atrapalhar a circulação ou pesar o ambiente. Vejam abaixo minhas recomendações para que Marcelo tenha uma sala elegante e fluida.
Como morador de apartamento dúplex, tenho o mesmo problema. O que fazer no espaço que sobra embaixo da escada? Normalmente as pessoas ficam inventando moda e querendo aproveitar cada centímetro quadrado. Surgem aparadores, plantas e várias outras coisas desnecessárias. Ou na pior das hipóteses, usam o espaço para guardar caixas e inutilidades domésticas.
Não gosto de interferir no volume da escada. Se o elemento é bem resolvido e esteticamente bonito, o melhor é não fazer nada. No caso de Marcelo, vejo que existe mais que um espacinho sob a escada. Na verdade, temos aproximadamente dois metros entre o final do rack da TV e a parede. O leitor nos pergunta se vale a pena fazer uma estante nesse vão. Por conta disso, acabei tendo uma ideal melhor.
O decorador recomenda ao internauta colocar um quadro na parede para dar vida ao ambiente
Estantes altas nem sempre são a saída perfeita. Gosto de estantes baixas, que deixam a sala mais limpa e criam o mesmo efeito de uma peça alta. Na sala de Marcelo, trocaria o rack da TV por um aparador baixo, que ora faria às vezes de suporte para a televisão, ora de estante.
Uma boa marcenaria tem o poder de transformar ambientes. Gosto de racks longos, que ocupam paredes inteiras de uma sala. Esse móvel pode servir de aparador de TV, com nichos e gavetões para DVDs; de biblioteca, com prateleiras para livros, e até mesmo de bar, com as bebidas expostas elegantemente em uma bandeja.
Na parede que vemos na foto deveria existir um grande rack desse tipo. A altura não deve ultrapassar os 50 centímetros. E para ser prático e fácil de transportar, a peça pode ser dividida em dois ou três módulos, evitando dessa forma içamentos custosos.
Observamos que o piso da sala de Marcelo é de granito. Uma peça em madeira nua não é a opção correta, já que teria a mesma tonalidade do piso. Nesse caso, a recomendação é uma peça preta ou branca, revestida de laminado ou com acabamento de pintura automotiva.
Vemos ainda que existe um forro de gesso com iluminação embutida. Logo abaixo do spot na área vazia, o internauta deveria investir em um quadro bacana, que aproveitaria a luz e daria um bom efeito na decoração da sala.
Para completar, é importante que haja um tapete entre o sofá e o aparador, com o objetivo de “esquentar” a sala. O granito é um piso frio e exige um tapete gostoso para tornar o espaço mais aconchegante. E Marcelo não deve se esquecer da iluminação -sempre indireta em ambientes de estar.
O designer de interiores Marcel Steiner tira dúvidas sobre como aproveitar o espaço, dispor móveis e objetos.
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Marcel Steiner é designer de interiores e mestre em história e crítica da arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
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